quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Probabilidade

Na altitude ou na depressão...

Há tantas vias de ideias que provavelmente vão ser,
Ser imaginável, admissível, contagiante -seu-,
Seus, pra quê? Giros te atordoam - labirinto-,
Labirinto cercado de mentes -onde cabeças rolam-.

Gosto de amargo, eu gosto do amargo?
Azedo talvez, a linha é tênue -corte-a-
Corta em mim... se faz, me faz!
Desencadeia radiantes expressões,
Me faz vai!

Abraça a intimidade do ser -eu- em -ti-.
Classifico assim por dentro das queixas,
Tá tudo certo! -tu- em -mim-.
Te faz, vai!

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Mais que Nada

Do Nada,
De Nada,
Sem Nada,
Com Nada,
Por Nada,
Em Nada,


O nada é nada e te empurra o tudo.




Que tudo? De nada?

domingo, 1 de janeiro de 2012

2011

Escrevi menos aqui do que realmente deveria ou precisava...

2011 foi incerto, desde seus primeiros minutos...
Eu vi meus sentimentos demoronarem em questão de segundos  (é, faz 1 ano).

Construi uma muralha, me tornei alguém que achei que nunca iria me tornar em todos os quesitos vitais e cotidianos, ser mais realista e firme. Fui batalhar... e pra muitos que desacreditavam, até eu mesma - acho -, alcancei um inacreditável, a universidade.

E muito além dos pesares, eu vivi de amor, consegui enxergar além do essencial, eu aprendi a amar aqueles que se julgam inimigos, e amei triplicado quem me fez bem... Cumprindo a minha meta do post de final de 2010, reciprocidade...

Conheci pessoas incríveis, vi meu mundo abrir aos poucos, consegui perceber que a hora não é daqui a pouco... Trabalhei, muito! Mudei meus rumos em direção do que me faria bem, pois se estagnar, já era!

Continuei com amigos de longos tempos, conquistei alguns novos e aqueles que um dia já haviam se distanciado voltaram...

Hoje ouvi a seguinte frase: "Ok, passaram as festas, amanhã tudo volta ao normal, o que mudou? É só mais uma data". Me peguei pensando... mais uma data?
Cheguei a conclusão de que sem metas, sem anseios, sem objetivo, a vida se torna mais uma data. Quem quer alcançar não tem dia e nem data em especial para traçar suas vontades, "a hora não é daqui a pouco".

E depois de toda a incerteza de 2011, agora posso ver o que é alcançar metas e que é com elas que crescemos... Viramos merecedores...

Vem 2012! :)



domingo, 11 de setembro de 2011

Seres

Ah se eu tivesse...


A mesma vontade de usar um vestido como tinha com 4 anos de idade, 
A solidão indolor com os livros e quebra-cabeças ao invés de bonecas,
O choro incessante pela bala de gelatina ou por não querer ir para a escola,
O beijo na testa antes de dormir, assim como os lençóis sendo dobrados e esticados.

E as causas...

Das manhãs debruçadas nas mesas e das risadas inocentemente impiedosas,
Das tardes jogando bola, assistindo televisão e lendo gibis,
Do leite com chocolate gelado acompanhado de bisnaguinha feita na chapa,
E as noites de ilusões gostosas, mesmo as tristezas instantâneas...
E o medo do escuro...


Das noites compulsivas, intensas e desconsertantes...
Já haviam se passado 19 anos...
As certezas incertas, das palavras já ditas e repetidas e novamente e mais uma vez.

É uma mistura de seres coexistentes.... do passado e do presente. 
O futuro não, pois esse ser é impossível de existir agora...

domingo, 10 de julho de 2011

a falta é proporcional ao tempo

É similar...

O presente é intenso, a falta borbulha,
O amanhã continua, a falta se assimila...
O ontem é saudade, a falta também.

A falta traz marcas, aquelas alegrias ou dores da mesma que um dia vieram,
Mas como o tempo passaram e as vezes voltam com as lembranças.
Podemos sim voltar no tempo...
Nas noites mal dormidas,
Nas dores,
Nas risadas,
Nos aconchegos,
Na dança,
No cabelo,
Na música,
Nas caídas dançantes,
Nos gritos,
Nas visitas,
Nas viagens,
Nas manhãs sonolentas...

Hoje. A falta vai. O sossego vem, e é como se tudo isso fosse tão rápido como veio.

E vai continuar vindo...
A falta não dói, a falta não é boa, a falta é a saudade...a falta se recorda.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Como vai...

Tudo vai... com intuito, sem caminho, com esforço, apressado, devagar... vai,
Vai, sem medo, justo e incluso.
Vai, precisando do ponto de partida, da ida... vai,
Vai, agora, sem demora, sem causa, por causa...vai.

Não para sem motivos, sem pontos...

domingo, 8 de maio de 2011

Paredes

Eu te chamo, você corresponde.

Eu aqui, você lá...
Pode vir...
Feche os olhos, estenda as mãos.

Milimetricamente perto de você, respiro.
Os fios de cabelo, o sorriso tímido e um simples toque no rosto.

-É, o toque leve no rosto, ganha-

Volta ao olhar baixo, mais perto, mais sonoro.
A voz é imperceptível, mas o significado é explosivo.
É uma competição leve, sutil... próxima.
E tudo vira....

Eu olho baixa...

Mais perto...

Mais...